Eu já sabia que a época do Natal era a época do ano em que as pessoas faziam as figuras mais rídiculas, para ganhar uns trocados (sim, no resto do ano também há pessoas a fazer figuras rídiculas por uns trocados, mas no Natal o consumismo é exagerado). Há velhos vestidos de vermelho, anões vestidos de Reis-Magos e moçoilas apertadas em vestidos justos que são, portantos, a 'Mãe-Natal'. Mas o cúmulo do rídiculo natalício está aí e em grande.
Fui só eu que vi um reclame de uma porca (?!) chamada Popota (enfim...) que canta e dança uma adaptação já de si, mal feita, de uma música pop que para aí anda a tocar nas rádios? A porca salta e pula, com um fatinho justo, no entanto, em vez de termos no nosso ecrã, uma heroína ou um heroí todo bom, para convidar as pessoas a ir até à cadeia de supermercados em questão e deixarem lá uns euros, não. É uma porca, senhores! É uma porca, gorda, feia e que canta mal, ainda por cima.
Como eu sou uma pessoa que gosta de se informar e até de reflectir, fiquei a pensar sobre isto. Qual é a ideia da agência publicitária que fez este reclame? "Vamos atrair, suas excelências, os senhores consumidores, através do choque. Do nojo. Da coisa mais rídicula e despropositada que nos vier à cabeça." Uma porca a dançar. Uma porca chamada Popota. Uma porca sexy. Uma porca que canta. Uma porca que anuncia o Natal.
UMA PORCA? Um cão, um gato, um passarinho, - uma coisa fofa. Uma porca? Desde quando é que uma porca promove o Natal? Daqui a alguns anos teremos o Pai Natal destornado por um javali, não? Tragam-me de volta os confortáveis anúncios da Coca-Cola, com o camião e o velhote pedófilo, - porém carinhoso, a distribuir os presentes às crianças. Era só.
<< Página inicial